Uma dúvida clássica de quem começa a descobrir o universo do vinho: um bom vinho precisa ter rolha?
A cena é comum: você vai ao mercado, pega uma garrafa e… lá está ela — tampa de rosca!
E aí vem a dúvida: será que é vinho bom mesmo?
Durante muito tempo, a rolha foi símbolo de elegância e tradição. O barulhinho ao abrir a garrafa, o ritual… tudo isso faz parte do charme.
Mas será que esse costume ainda faz sentido hoje? E será que ele é sustentável? A verdade é que o tipo de tampa não define a qualidade do vinho. Os produtores escolhem entre rolha e tampa de rosca considerando fatores como:
- Questões técnicas;
- Custo (a rolha é bem mais cara!);
- Praticidade;
- Preferências do mercado.
E cada uma tem seus pontos fortes:
Rolha – Tradição e elegância
- Permite a micro-oxigenação, essencial para vinhos de guarda;
- Carrega história e charme;
- É natural, renovável e biodegradável.
Tampa de Rosca: Praticidade e modernidade
- Vedação perfeita;
- Ideal para vinhos jovens;
- Fácil de abrir – sem drama e sem saca-rolhas;
- Mais barata e eficiente.
Então… qual é melhor?
Depende do vinho — e do momento.
Vinhos de guarda pedem rolha de cortiça, que ajuda na evolução dos taninos com o tempo.
Já vinhos jovens se beneficiam da tampa de rosca, que preserva o frescor e os aromas.
Ainda há quem veja a rolha como sinal de status, mas o mundo do vinho mudou. Hoje, há rótulos excelentes com tampa de rosca, especialmente do Novo Mundo, enquanto os produtores do Velho Mundo seguem fiéis à rolha.
No fim, o que importa é o conteúdo da garrafa — e a experiência de saborear o momento.
Sem preconceitos. Sem regras. Apenas vinho e prazer.
Fonte:
Conteúdo adaptado de enologuia.com.br/Curiosidades – julho 2021
